O movimento é, sem dúvida, uma ferramenta crucial no desenvolvimento infantil. Especialmente para crianças com dificuldades sensoriais (tudo sobre integração sensorial em: https://alcancar.pt/perturbacao-do-espetro-do-autismo-avaliacao/), o movimento não apenas melhora as habilidades motoras, como também ajuda a regular e organizar o sistema sensorial. Portanto, para crianças com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA), PHDA, ou dificuldades de aprendizagem, o movimento é fundamental para melhorar a forma como o cérebro processa e responde aos estímulos do ambiente.
Antes de mais nada, é importante entender que o movimento afeta diretamente dois sistemas essenciais: o sistema vestibular e o sistema proprioceptivo. Estes sistemas são fundamentais para o equilíbrio, a coordenação e a perceção corporal. Assim, atividades que envolvem mudanças na posição da cabeça, como baloiçar ou girar, e tarefas que exigem esforço muscular, como empurrar ou puxar, são cruciais para a sua estimulação.
Em primeiro lugar, movimentos como baloiçar em várias direções ou girar em cadeiras giratórias ajudam a melhorar significativamente o equilíbrio e o controlo corporal. Estes movimentos são particularmente úteis para crianças que procuram sensações de movimento ou que têm dificuldade em perceber a posição do seu corpo no espaço. Mais informações sobre o movimento e o desenvolvimento infantil em: https://alcancar.pt/a-importancia-do-movimento-para-a-integracao-sensorial-e-o-desenvolvimento-infantil/
Além disso, atividades que envolvem carregar objetos pesados, como sacos de areia ou mochilas, ou empurrar carrinhos pesados, ajudam a melhorar a perceção do corpo no espaço. Ainda mais, esses movimentos fornecem ao cérebro informações essenciais sobre a posição e a força muscular necessária para realizar diferentes tarefas. Portanto, são vitais para o desenvolvimento motor e para a organização sensorial da criança.
A regulação sensorial é outro aspeto fundamental que pode ser significativamente melhorado através do movimento. Para crianças que são hipersensíveis ou hipossensíveis a estímulos, atividades físicas estruturadas são uma forma eficaz de equilibrar as suas respostas sensoriais.
Por exemplo, atividades como saltar à corda, correr ou dançar ao som de música rítmica e repetitiva podem ter um efeito calmante sobre o sistema nervoso. Para crianças que frequentemente enfrentam sobrecargas sensoriais, estes movimentos ajudam a regular as respostas ao stress, promovendo uma sensação de segurança e controlo.
De igual modo, atividades que exigem a integração de múltiplos sistemas sensoriais, como percursos de obstáculos que envolvem saltar, rastejar e equilibrar-se, são extremamente eficazes. Tais atividades não só melhoram a coordenação, mas também ajudam a criança a organizar melhor as informações sensoriais, resultando numa resposta mais eficiente ao ambiente.
Além disso, é crucial reconhecer que o movimento está diretamente ligado à capacidade de aprendizagem e ao comportamento das crianças. As que participam regularmente em atividades físicas estruturadas mostram melhorias significativas na atenção, concentração e regulação emocional.
Por exemplo, combinar movimento com tarefas cognitivas, como jogos que envolvem resolução de problemas enquanto se movem, pode melhorar consideravelmente a função executiva da criança. Esta abordagem é particularmente benéfica para crianças com PHDA, pois ajuda a canalizar a energia em excesso e a aumentar a capacidade de concentração.
Além disso, para crianças com autismo ou dificuldades de aprendizagem, atividades físicas que permitem a liberação de energia e proporcionam uma sensação de sucesso podem reduzir comportamentos desafiantes. Atividades de resistência, como escalada ou levantamento de objetos pesados, podem ajudar a regular os níveis de excitação, tornando a criança mais calma e mais capaz de lidar com os estímulos do dia-a-dia.
Para maximizar os benefícios do movimento na integração sensorial e no desenvolvimento infantil, é essencial que as atividades sejam cuidadosamente selecionadas e adaptadas às necessidades individuais da criança. Portanto, seguem algumas sugestões práticas:
Primeiramente, é importante estabelecer rotinas diárias que incorporem atividades físicas estruturadas, promovendo a estimulação sensorial de maneira controlada.
Além disso, aproveite ambientes naturais, como parques ou jardins, onde as crianças possam correr, saltar, escalar e envolver-se em atividades que estimulam múltiplos sistemas sensoriais simultaneamente. Estes ambientes oferecem uma grande variedade de estímulos sensoriais que podem beneficiar o desenvolvimento da criança.
Por fim, considere trabalhar com terapeutas ocupacionais para criar programas personalizados que atendam às necessidades sensoriais específicas da criança. Estas sessões devem integrar atividades que estimulem o sistema vestibular e proprioceptivo de forma equilibrada, garantindo que todas as necessidades da criança sejam abordadas de forma adequada.
Em suma, o movimento desempenha um papel vital na integração sensorial e no desenvolvimento infantil, especialmente para crianças com desafios sensoriais. Atividades físicas não só fortalecem os sistemas vestibular e proprioceptivo, mas também ajudam a regular as respostas sensoriais, melhorando o comportamento, a aprendizagem e a qualidade de vida da criança. Portanto, integrar movimentos apropriados na rotina diária pode ser a chave para um desenvolvimento mais harmonioso e equilibrado.
Com tudo isso em mente, é essencial que pais, educadores e cuidadores compreendam a importância do movimento e procurem sempre estimular as crianças de forma saudável e segura. Assim, garantimos que cada criança tem a oportunidade de alcançar o seu pleno potencial.
Entre os 6 e 9 meses, muitas crianças começam a explorar a comida com as mãos, e esse...
Ler maisDurante a introdução alimentar, muitos bebés exploram os alimentos com as mãos. No entanto, bebés que não tocam...
Ler maisEsfarelar a comida é um comportamento comum em algumas crianças pequenas. Embora muitas vezes seja apenas uma fase...
Ler mais