
Entre os 12 e os 18 meses, muitos bebés começam a experimentar o uso da colher e do garfo. No entanto, nem todas as crianças fazem esta transição de forma natural. Bebés que passam da mão para o talher podem sentir dificuldades que se refletem na recusa em usar talheres, na preferência por comer com as mãos ou na frustração durante as refeições. Esta etapa é crucial, pois influencia a autonomia alimentar e o desenvolvimento da coordenação motora fina.
Alguns bebés que passam com dificuldade da mão para o talher podem apresentar uma base sensorial que interfere com esta transição. A sensibilidade tátil, por exemplo, pode fazer com que se sintam desconfortáveis ao tocar na colher, garfo ou em certas texturas de alimento. Além disso, a coordenação motora fina e a perceção proprioceptiva — a capacidade de sentir a força e o movimento necessários — também influenciam a forma como manipulam os talheres. Quando estas dificuldades persistem, a terapia ocupacional desempenha um papel essencial, utilizando atividades de integração sensorial e exercícios de motricidade fina que ajudam o bebé a ganhar confiança, autonomia e prazer durante as refeições.
Existem várias razões que explicam esta dificuldade:
Sensibilidade sensorial: Alguns bebés podem rejeitar certos talheres ou alimentos devido à textura, temperatura ou sensação ao toque.
Coordenação motora fina: Passar da mão para o talher exige força e precisão que ainda estão a desenvolver.
Medo ou frustração: A novidade do utensílio pode gerar insegurança, levando à resistência.
Recusa consistente em pegar ou usar a colher/garfo.
Choro ou tensão ao ter contacto com talheres.
Preferência exclusiva por comer com as mãos.
A intervenção de um terapeuta ocupacional é fundamental para apoiar o bebé nesta transição. Algumas estratégias incluem:
Exposição gradual: Introduzir lentamente diferentes utensílios e texturas de alimentos.
Atividades de integração sensorial: Jogos e exercícios que desenvolvem o tato, a propriocepção e a motricidade fina.
Encorajamento positivo: Reforço verbal e celebração de pequenas conquistas aumentam a confiança da criança.
Bebés que passam da mão para o talher podem enfrentar desafios naturais e sensoriais, mas a intervenção precoce faz toda a diferença. Com paciência, prática e apoio da terapia ocupacional, esta etapa torna-se uma oportunidade de aprendizagem, promovendo autonomia, confiança e prazer nas refeições.
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