Esfarelar a comida: por que acontece e como ajudar

Esfarelar a comida é um comportamento comum em algumas crianças pequenas. Embora muitas vezes seja apenas uma fase de exploração sensorial, é importante observar o contexto e identificar sinais que possam indicar necessidade de apoio. Além disso, comer com as mãos contribui significativamente para o desenvolvimento sensorial e motor, permitindo que o bebé explore texturas, formas e consistências de maneira segura e controlada. Dessa forma, a experiência com a comida torna-se também uma oportunidade de aprendizagem.

Por que algumas crianças esfarelam a comida

• Exploração sensorial: Tocar na comida permite que a criança sinta diferentes texturas, temperaturas e consistências. Além disso, essa exploração ajuda o cérebro a organizar e processar informações sensoriais.

• Desenvolvimento motor: O uso das mãos fortalece a coordenação motora fina, essencial para atividades futuras, como segurar talheres, lápis ou outros objetos pequenos.

• Hipersensibilidade sensorial: Por outro lado, algumas crianças persistem em esfarelar alimentos porque certas texturas ou temperaturas podem causar desconforto. Nesse caso, a intervenção precoce pode ser muito útil.

Quando esfarelar a comida passa a ser um problema

• Persistência excessiva no comportamento, dificultando a alimentação.

• Recusa sistemática de alimentos com determinadas texturas.

• Interferência na autonomia da criança ao comer.

No entanto, cada criança é única, e pequenas variações são esperadas; o que importa é observar padrões consistentes que possam afetar a alimentação e o desenvolvimento.

Relação com a integração sensorial

• O que é integração sensorial: É o processo pelo qual o cérebro organiza informações sensoriais e responde de forma adequada.

• Dificuldades sensoriais: Hipersensibilidade ou hipossensibilidade podem dificultar a aceitação de certos alimentos.

• Benefício da intervenção precoce: Um terapeuta ocupacional, por exemplo, pode ajudar a criança a explorar novos alimentos de maneira segura e prazerosa. Além disso, a orientação profissional contribui para que os pais saibam como conduzir a prática de forma gradual.

Estratégias para ajudar a criança

• Introduzir alimentos de diferentes texturas de forma gradual.

• Permitir que a criança toque e manipule a comida.

• Usar jogos sensoriais com alimentos, como massinhas comestíveis ou purés.

• Reforço positivo sempre que a criança experimentar novos alimentos.

• Envolver a criança na preparação das refeições, aumentando curiosidade e confiança.
  Além disso, observar o ritmo da criança e respeitar seus limites é fundamental para que o aprendizado seja prazeroso e efetivo.

Sinais associados que merecem atenção

• Evita tocar em certos alimentos ou texturas.

• Mostra resistência ou frustração durante as refeições.

• Dificuldades na coordenação motora fina em atividades diárias, como segurar lápis ou empilhar blocos.

Por isso, ao notar esses sinais, é recomendável buscar orientação especializada, garantindo que intervenções sejam feitas de forma adequada e segura.

Por que essa competência é essencial

Comer com as mãos e explorar texturas é um passo fundamental no desenvolvimento infantil. Além disso, ajuda a criança a:

• Desenvolver sensibilidade tátil.

• Aprender controle motor fino.

• Criar confiança para usar talheres futuramente.

• Estabelecer uma relação positiva e divertida com a alimentação.

Assim, promover experiências sensoriais desde cedo é uma forma de garantir não apenas a aceitação de diferentes alimentos, mas também o crescimento motor e cognitivo da criança.

Conclusão

Esfarelar a comida é, muitas vezes, uma fase normal de desenvolvimento sensorial e motor. No entanto, se persistir ou impedir a criança de explorar e consumir alimentos adequadamente, é importante procurar apoio especializado. Dessa forma, a intervenção de um terapeuta ocupacional, combinada com prática gradual e exposição segura a diferentes alimentos, garante uma alimentação diversificada e promove o desenvolvimento sensorial e motor. Além disso, fortalece a confiança da criança e estabelece hábitos alimentares mais saudáveis para o futuro.